domingo, 6 de fevereiro de 2011

Entrevista com Craig Mabbit

Então gente esse vai ser o post com uma entrevista que fizeram com o Craig Mabbit atual cantor do Escape The Fate....

Só para deixar registrado, você pode falar o seu nome e o que faz no Escape The Fate?
Meu nome é Craig, e eu sou o vocalista do Escape The Fate.
Durante o último verão saiu à notícia de que vocês foram contratados pela DGC/Interscope Records para o lançamento do seu novo álbum. Como tem sido o relacionamento da banda com a nova casa?
Tem sido bem bacana cara. Tem tantas pessoas diferentes trabalhando lá, então acaba sendo meio que dividido, uma pessoa trabalha com a banda A e outra com a banda B, acaba formando equipes. Eu realmente gosto da nova gravadora. Eu amo de verdade todos que trabalham lá.
A Epitaph com certeza é uma das maiores gravadoras independentes, mesmo assim, há alguma diferença entre como as coisas aconteciam na Epitaph e acontecem hoje na Interscope?
Com certeza. O ritmo é bem mais intenso. Falo com pessoas da gravadora todos os dias agora. Eles me ligam, mesmo que seja só pra ver como estou mesmo. Eles sempre ligam para ver se podemos fazer tal coisa ou pensar em novas idéias para divulgarem a banda. Acho que agora realmente sinto como se isso fosse o meu emprego.
A banda lançou seu álbum auto-intitulado no começo de Novembro. Como foi a reação dos fãs durante esses últimos meses?
Tem sido muito bom. Nós acabamos de voltar de Londres ontem na verdade. Fizemos dois shows lá e tocamos provavelmente o maior set ao vivo da nossa carreira, acho que foram 16 músicas. Mais da metade das músicas foram do novo álbum e a reação do público foi incrível. Estou muito animado com a nossa próxima turnê pelos EUA.
Vocês ficaram nervosos por tocarem essas músicas pela primeira vez ao vivo?
Sim, no começo a gente fico meio nervoso, mas tudo acabou dando muito certo. Ficamos até surpresos.
Como foi trabalhar com o Don Gilmore no estúdio?
Ele é um cara bem tranqüilo, um produtor que não fica impondo muito as coisas, mas que ao mesmo tempo mantêm controle da situação. Ele acaba dando sua opinião aqui e ali, mas ele acaba deixando você decidir no final das contas como as coisas devem ser. Gostei bastante de trabalhar com ele porque eu acabei sentindo que consegui expandir mais os horizontes da banda, artisticamente falando.
Houve alguma diferença grande entre o processo de criação desse disco em relação aos outros?
Sim, com certeza.  Trabalhamos muito mais tempo nesse último CD. O que a gente fez antes foi meio que, ‘hey, vamos lá e gravar logo’ e acabamos gravando tudo em dois meses, e surpreendentemente ficou muito, muito bom. Dessa vez todos nós sentimos muito mais preparados para gravar também.
As coisas fluíram de uma maneira mais natural?
Sim, tudo foi muito super natural. Entramos pra gravar com tudo já definido. Foi tudo uma questão de entrar e gravar profissionalmente.  E sobrou um monte de coisa pra falar a verdade.
Dessas sessões de gravação?
Sim, temos ainda muitas músicas que não foram usadas. E agora estamos pensando no que fazer com elas.
A banda recentemente teve que abandonar a sua turnê pela Europa graças ao fato do baixista, Max Green, ter se internado num centro de reabilitação. Foi tudo muito rápido e isso aconteceu logo após o lançamento do disco. Quão difícil foi lidar com essa situação? E como os fãs reagiram?
Os fãs nos apoiaram muito, e eu acho que isso acabou sendo muito positivo pra ele durante o tempo de reabilitação e tudo mais. Nós tentamos ajudar ele o máximo possível. Mas com certeza foi uma situação chata para nós e para os fãs que assim como a gente queriam muito aqueles shows. Ia ser uma turnê gigante pela Europa para nós, e é uma pena ter perdido isso. Mas os caras do Bullet e os fãs compreenderam a situação toda. A banda está muito mais saudável hoje. Se o Max não tivesse ido buscar ajuda naquela época a coisa ia só piorar, porque ele estava começando a ficar muito, muito mal. Ele precisava de ajuda o mais rápido possível.
Ele tocou com vocês nesses shows em Londres?
Sim, foram os primeiros shows desde que a gente parou por causa da internação dele. Os shows foram muito, muito bons.
Daqui alguns dias o Escape The Fate vai cair na estrada na turnê The Dead Masquerade durante três meses. Quais as suas expectativas para essa turnê?
Cara, não tenho palavras pra descrever. Não tem nada melhor do que realizar uma turnê no seu país natal. Você não sai na rua tendo que procurar um lugar onde a comida que eles servem não se parece com a língua boi. Sempre tem um Taco Bell na esquina, e eu sou um grande fã de Taco Bell. Não tem nada melhor do que turnê pelos EUA. Eu sou amigo de boa parte das bandas que estarão com a gente nessa turnê. Só não conheço uma das bandas, mas acho que vamos nos dar bem. Não vejo a hora de tocar as músicas novas. Também estou feliz com a forma que o palco vai ser montado. Estou entusiasmado com a idéia das pessoas vendo a gente ao vivo.
O setlist vai ser semelhante aos dos shows em Londres?
Sim, eles vão ser muito parecidos.
Vocês ficam nervosos com o fato de estar na estrada por tanto tempo?
Nós somos o tipo de banda, e eu não gosto de falar isso porque é um pouco ridículo, mas, nós ensaiamos pouco tempo, e eu acho que a gente realmente precisa começar a fazer isso mais. [Risos]. No começo de uma turnê a gente sempre fica com um pé atrás, o primeiro show é sempre o pior, depois o segundo já melhora, e no terceiro show já estamos com todo o pique do mundo. Eu acho que a vida na estrada é uma coisa boa para a banda. Estou animado com o fato de ficar tanto tempo fazendo shows.
Pra preparar os fãs para a turnê vocês lançaram um EP com remixes e a música ‘Issues’ foi a primeira a ser disponibilizada on-line. Como foi todo esse processo? E o que você achou do resultado final desse EP?
Estou bem feliz com a maneira como tudo ficou, com certeza ele cumpriu o que tinha que fazer. Eu vi alguns comentários no iTunes de pessoas falando que nunca tinham escutado a gente e foram conferir o som porque conheciam o DJ que fez o remix. Acho que essa era a nossa intenção mesmo ao lançar ele. Eu gostei das músicas, na época que a gente tava com a idéia eu tava escutando direto dubstep, e resolvemos ir atrás dos remixes. E a gravadora meio que virou e falou, “porque vocês não montam um EP e lançam para os fãs?”. E a gente acabou fazendo isso, as pessoas que curtem esse tipo de música realmente gostaram, alguns outros que não tem a mínima noção acharam que a gente virou uma banda eletrônica. Não entenderam que era apenas um EP de remixes. Eles acham que é um projeto novo e que somos uma banda eletrônica.
Bom, depois dessa turnê acho que vocês vão querer descansar né? Quando vocês estão pensando em fazer a turnê pela Europa para compensar por essa última que foi cancelada?
Bom, a turnê nos EUA vai até Março e depois vamos estender ela, talvez com as mesmas bandas até, se estiverem disponíveis, e depois disso vamos para a Austrália e Japão. Depois disso vamos tocar em alguns festivais no Reino Unido, e ai sim iremos fazer a turnê pela Europa e Reino Unido. Acho que vamos continuar com o mesmo nome e tudo mais. Vai ser uma turnê mundial.
Então vocês vão até o verão com isso?
Sim, com certeza.
Estão animados com a idéia de um semestre cheio de shows?
Sim, vai ser muito bom tudo isso. Eu sempre gosto daquelas camisetas que a gente vende com as datas de todas os shows nas costas. Os fãs também amam essas camisetas. Sempre quis uma escrito “turnê mundial” com todas as datas e lugares diferentes escritos. To bem animado sim.
Como você disse anteriormente, vocês tem muitas músicas ainda. Você acredita que um novo EP durante o verão é possível?
Sim, é claro. Nós já estamos inclusive falando com a gravadora sobre como vamos lançar o novo material. Você vê esses artistas de hip hop e rap e eles lançam discos aqui e ali, mas toda hora eles estão lançando uma música nova para manter a atenção dos fãs, atendendo ao que eles querem. Estamos tentando descobrir como uma banda de rock pode fazer isso.
Pra terminar, o ex-vocalista da banda, Ronnie Radke, fez uma entrevista com a Alternative Press em Dezembro, logo que saiu da prisão, tenho certeza que você já viu ela. Ele falou várias coisas sobre a banda e você durante aquela entrevista. E fãs da banda acabaram se dividindo em relação ao que foi dito. Vocês escutaram muita coisa ruim por causa dessa entrevista?
Nós lidamos com isso três anos atrás. Hoje em dia nem damos mais atenção a isso. Realmente, não nos importamos mais com esse tipo de coisa. As vezes os nossos fãs acabam entrando muito nisso e vem falar comigo, e eu sempre falo que estamos bem e que ninguém deve se preocupar com isso. Ele obviamente tem muita coisa pra falar pra conseguir a sua paz. Então que fale e siga em frente. Acho que é isso que tem que acontecer.
A água já passou debaixo dessa ponte então, independente de quantas vezes ele falar diretamente sobre você?
Sim, eu nem me incomodo mais. Não vou me rebaixar a nenhum nível. Todos os caras e eu estamos num plano muito maior e estamos felizes. Até responder algo desse tipo acaba te rebaixando. Crescemos e estamos mais maduros hoje, então pode-se dizer que a água passou mesmo por essa ponte.
Muito obrigado por participar dessa entrevista, tem mais alguma coisa que você gostaria de falar?
Eu só queria agradecer a todos que leram isso e se interessam pela banda. Eu valorizo isso.
  Essa foi a entrevista... esperam que vocês tenham entendido qualquer coisa se tiver alguma coisa errada ou faltando me avisem e me passem o link do que falta ou me avise que eu procuro!

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