quarta-feira, 7 de março de 2012

Projecto de lei contra anime e manga aprovado em comité!

Tirei essa publicação do meu Fórum de Vocaloid, foi postado pelo Axel
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Projecto de lei contra anime e manga aprovado em comité!

O projecto de lei promovido pelo governo metropolitano de Tóquio e já aqui falado pelo nosso repórter nipónico foi hoje aprovado em comité e muito provavelmente vai ser aceite em assembleia-geral uma vez que o partido democrático japonês já veio a público apoiar a lei.

A lei criada pelo governo metropolitano de Tóquio visa proteger e promover o desenvolvimento saudável dos jovens, para tal proíbe qualquer conteúdo que possa “prejudicar” o seu correcto desenvolvimento. Que implicações terá esta lei?

Por muitos é considerada uma lei anti-Otaku, algum conteúdo é pura e simplesmente proibido enquanto que outro considerado “prejudicial” é atirado para a secção de entretenimento para adultos, via internet será praticamente impossível adquirir estes animes/ mangas/ jogos. A lei vai pura e simplesmente limitar a liberdade criativa dos autores, as editoras deixarão de apoiar determinados projectos que podem ser mais sensíveis e rejeitados levando a um desperdício de recursos e muitas mangas serão canceladas devido à falta de uma revista adequada para o efeito.
Muitos dos animes transmitidos à noite em Tóquio deixarão de ser exibidos, se tomarmos como exemplo a actual temporada são muitos os títulos passíveis de ser banidos: Ore no Imouto, Panty & Stocking, Yosuga, Sora no Otoshimono, Milky Holmes.

A seguir ficam alguns dos principais pontos da lei

–> A lei aplica-se a qualquer personagem (independentemente da idade)

Esta é a componente anti-lolicon da lei que para muitos está mal implementada / explicada, ainda hoje a mangaka Shouko Takaku revelou que a sua editora como medida preventiva proibiu-a de utilizar estudantes nas suas mangas implicando assim o fim dos uniformes escolares, Kanako Meiji revelou também que a sua editora está a ponderar cancelar a publicação de um trabalho seu em Abril.

–> A lei aplica-se a todos os animes, mangas e imagens

A lei é tão vaga que baseados nestes critérios será até possível banir videojogos

–> Proibir conteúdos que exibem actos sexuais ou a simulação destes que seriam ilegais na vida real ou entre parentes que legalmente não se poderiam casar.

–> A exibição de actos que glorificam e exageram a violência e sexualidade de forma desnecessária

Podem dizer adeus aos ecchi mais arrojados e títulos como High school of the dead nunca veriam a luz do dia, para não falar em todos os animes onde há desmembramentos e gore!!!

–> Aplicação sobre todos os conteúdos que sejam prejudiciais para o correcto desenvolvimento da sexualidade dos jovens e o governo metropolitano de Tóquio terá poder unilateral para banir qualquer conteúdo onde o acto sexual ou sua simulação seja considerado corruptivo da ordem social.

Podem dizer adeus aos títulos bishoujo e em definitivo a todos os títulos Yaoi uma vez que Shintaro Ishihara o presidente do governo metropolitano de Tóquio já veio a público afirmar que os homossexuais são geneticamente defeituosos e criaturas deploráveis.

A lei entrará em vigor em Julho de 2011 e embora apenas se restrinja a Tóquio é lá que as grandes editoras têm os seus estúdios e mercado, estando portanto fora de questão a sua recolocação noutros locais do pais.
Resta uma pequena esperança que a assembleia chumbe a lei, mas tal é muito muito muito improvável.

Actualização: O primeiro ministro japonês Naoto Kan criticou publicamente o governador de Tóquio pelas consequências que este trouxe para a Tokyo International Anime Fair 2011 devido ao protesto das editoras e afirmou “É importante que as crianças crescem de maneira saudável, mas também é importante a transmissão da animação japonesa para o resto do mundo”.

Actualização: Um dos CEO da Shueisha revelou que devido ao protesto da indústria a Tokyo International Anime Fair 2011 está na iminência de ser cancelada bem como o Comiket. Esperam-se também protestos que perturbarão a região turística de Akiba.

A Shueisha bloqueou a participação de qualquer uma das suas franchises no Tokyo International Anime Fair 2011 e como eles publicam a Shonen Jump tal implica a ausência de One Piece e Naruto bem como muitos outros animes internacionalmente conhecidos.




Assembleia de Tóquio aprova lei contra anime e manga

Infelizmente tal como tínhamos previsto o projecto de lei contra anime e manga aprovado em comité dia 13 foi hoje aprovado pela Assembleia de Tóquio e é agora LEI.

Embora entre só em vigor em Julho de 2011 os seus efeitos vão começar a ser sentidos muito mais cedo uma vez que a lei estipula que a auto regulação das editoras deve começar já em Abril de 2011.

A seguir à entrada ficam alguns tópicos que nos poderão ajudar a reflectir e discutir sobre os efeitos desta lei anti-anime e manga

1- Uma das principais críticas à lei é a sua ambiguidade e o facto de ser demasiado abrangente no que toca à censura. Embora seja vocacionada para a protecção de menores tal implica que conteúdos mais “susceptíveis” e não necessariamente para adultos sejam atirados para a secção de entretenimento para adultos, logo terão menor visibilidade e consequentemente as editoras deixaram de apostar nesses conteúdos.

2- Proibir qualquer manga, animação ou imagem (mas excluindo imagens da vida real) que exibem actos sexuais ou a simulação destes que seriam ilegais na vida real, ou actos sexuais ou a simulação destes entre familiares próximos cujo casamento seria ilegal e ainda conteúdos que glorifiquem ou exagerem injustificadamente actos de violência, sexuais ou pseudo-actos sexuais.

Para além da tremenda ambiguidade que a frase em cima implica chamo a vossa atenção para o que está dentro de parêntesis “excluindo imagens da vida real” e que confere à lei a sua face anti cultura otaku. Tal excepção ás fotografias e imagens reais serve para ganhar a simpatia dos mass media japoneses pois se tal lei se estendesse para as estações televisivas japonesas (séries, filmes) a opinião do público seria de tal forma negativa que teriam dificuldade em passar a lei.

Existe uma indústria que está muito contente com esta lei e que vai crescer 
ainda mais, sabem qual é? A das Idols, sim porque agora com a restrição aos conteúdos loli o número de idols menores de idade vai crescer em flecha. Pergunto-vos eu, o que é pior? Uma animação com miúdas ou fotografias de menores em fato de banho em poses eróticas?

3- Aplicação sobre todos os conteúdos que sejam prejudiciais para o correcto desenvolvimento da sexualidade dos jovens e o governo metropolitano de Tóquio terá poder unilateral para banir qualquer conteúdo onde o acto sexual ou sua simulação seja considerado corruptivo da ordem social.

O termo chave aqui é “correcto desenvolvimento da sexualidade dos jovens” já para não falar no “poder unilateral”, para além de um atentado à democracia não nos podemos esquecer que o presidente governo metropolitano de Tóquio, o Sr. Shintaro Ishihara é o autor da celebre frase “os homossexuais são geneticamente defeituosos e criaturas deploráveis”, por falar neste senhor após a votação veio a público afirmar que “faz sentido que a lei tenha passado, o Japão afinal ainda tem algum senso comum”.

Embora a lei seja omissa no que toca a títulos já publicados especialistas afirmam que se estes títulos forem relançados terão de se sujeitar a estas novas regras. Um dos títulos que poderá já sofrer com esta lei é a manga de High school of the dead que tal como noticiamos anteriormente seria novamente relançada na primeira parte de 2011 mas agora a cores.

Claramente esta lei vai por em causa os animes excessivamente “sexualizados” que são padrão actualmente na animação japonesa.

Como vai funcionar?

As editoras que tenham mais de seis trabalhos classificados como prejudiciais pelo governo metropolitano de Tóquio num ano vão ser sujeitas a um escrutino da sua comissão de auto regulação, qualquer violação adicional da lei nos seis meses seguintes faz com que o governo metropolitano de Tóquio revele ao público a identidade da editora que está a violar a lei e o governador terá a autoridade para exprimir a sua opinião e apresentar provas.

Basicamente se uma editora lançar algo que Tóquio considera prejudicial mais de seis vezes num ano a comissão auto reguladora dessa editora vai ser notificada. Se ocorrer mais alguma violação da lei após a notificação o governador vai pura e simplesmente humilhar a editora em público fazendo com que os retalhistas e distribuidores deixem de apoiar os trabalhos daquela editora.

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